Alberto Martins de Carvalho

Alberto Martins de Carvalho nasceu em Barril do Alva a 30 de Dezembro de 1901 e faleceu na Figueira da Foz, a 26 de Março de 1993.

Em 8 de Setembro de 2001 a Câmara Municipal de Arganil, após obras de remodelação, deu o seu nome à atual Biblioteca de Coja.

Caricatura de Alberto Martins de Carvalho

Alberto Martins de Carvalho nasceu em Barril do Alva a 30 de Dezembro de 1901. Filho de José Martins de Carvalho e de D. Laura Tavares Sinde.

Casou com D. Judite Cardoso Sinde a 28 de Setembro de 1929. Do casamento nasceram dois filhos: Júlio Sinde Martins de Carvalho e Pedro Sinde Martins de Carvalho.

Frequentou o ensino primário na escola de Barril do Alva. Seguiu depois para Coimbra onde fez os estudos secundários no Liceu Central de Coimbra.

Vistas da casa de Alberto Martins de Carvalho no Barril do Alva
Anuário da Universidade de Coimbra
Listagem dos alunos inscritos

Frequentou o ensino primário na escola de Barril do Alva. Seguiu depois para Coimbra onde fez os estudos secundários no Liceu Central de Coimbra.

No ano lectivo de 1922-1923 Alberto Martins de Carvalho encontrava-se inscrito no 3º ano do curso de Direito da Universidade de Coimbra.

Liceu D. João III, atual Escola Secundária José Falcão (Coimbra)

No início da sua carreira como professor exerceu funções docentes em Aveiro, mas a sua carreira desenvolveu-se no Liceu D. João III, atual Escola Secundária José Falcão (Coimbra) onde foi professor metodólogo.

O Liceu D. João III foi um dos dois liceus de formação de professores em Portugal desde os finais da década de 1930 até 1947, (o outro era o Liceu Pedro Nunes, em Lisboa), sendo mesmo, entre 1947 e 1956, o único liceu no país a fazer formação de professores. Alberto Martins desenvolveu um trabalho de grande valor nesta área da formação de professores.

Nas décadas de 20 e 30 do século passado, foi um dos grandes vultos intelectuais de Coimbra, privando com nomes como Miguel Torga (a quem apresentou Fernando Valle), Paulo Quintela, Vitorino Nemésio, José Régio e outros, não obstante o seu carácter reservado e discreto.

A Escola Secundária José Falcão quis homenagear o antigo Professor escolhendo-o, em 1976, para patrono da sua Biblioteca.

Excerto do artigo “Alberto Martins de Carvalho” por Amândio Galvão publicado N’A Comarca de Arganil nº 11048 (13.07.2000) e nº 13049 (18.07.2000)

Miguel Torga, Alberto Martins de Carvalho e Mário de Castro
Miguel Torga, Alberto Martins de Carvalho e Mário de Castro
Dedicatória de Miguel Torga num exemplar de “Nihil Sibi”
Dedicatória de Miguel Torga num exemplar de “Nihil Sibi”
Dedicatória de António Gedeão num exemplar de “Teatro do Mundo”
Dedicatória de António Gedeão num exemplar de “Teatro do Mundo”
Dedicatória de Eduardo Lourenço num exemplar de “Heterodoxia”

Alberto Martins de Carvalho foi autor de inúmeros artigos em dicionários, guias, livros e revistas, prefaciando, traduzindo e anotando outras obras.

O seu nome também se liga à autoria de livros de temáticas variadas.

Articulista nas revistas Presença e Palestra. Pertenceu à direcção da revista Bysancio e também colaborou com a revista Manifesto e o jornal Humanidade. Usou, em várias ocasiões, o pseudónimo de Carlos Sinde.

Alberto Martins de Carvalho colaborou no 3º volume do Guia de Portugal, publicado em 1945. É da sua responsabilidade a descrição de “Vale do Alva. Arganil. Avô”, p. 400-425

Esteve na origem da criação das Universidades Populares, na I República.

Foi Director do Centro de Estudos Pedagógicos do Instituto Gulbenkian de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1975 e 1993.

À sua influência se deve a criação da Biblioteca Fixa nº 95 da Gulbenkian, em Côja, em 1965.

Alberto Martins de Carvalho Faleceu na Figueira da Foz, a 26 de Março de 1993.

Em 8 de Setembro de 2001 a Câmara Municipal de Arganil, após obras de remodelação, deu o seu nome à atual Biblioteca de Côja.

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