FESTIVAL LITERÁRIO INTERNACIONAL DO INTERIOR, passou por Arganil pela 7ª vez consecutiva
A sessão inaugural da 7ª edição do Festival Literário Internacional do Interior – Palavras de Fogo teve lugar na sexta-feira, dia 14 de junho, na Casa da Cultura de Góis e contou com a intervenção de Helena Moniz, Presidente da Assembleia Municipal de Góis, Nuno Bandeira, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Góis e Paula Dinis, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Arganil.
O Festival, que nasceu em 2018, assinalou este ano os 50 anos do 25 de abril, os 95 anos do nascimento de Zeca Afonso, o centenário de António Ramos Rosa e os 500 anos de Luís Vaz de Camões e tem promovido a reflexão sobre questões pertinentes e atuais, tais como a emergência ambiental, as guerras, as ameaças à democracia e os direitos humanos.
O Festival, pelo 7º ano consecutivo, passou também por Arganil.
De 16 a 31 de maio esteve patente, na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho – Coja, a exposição “25 de Abril: Paredes da Liberdade”, e de 3 a 17 de junho na Biblioteca Municipal Miguel Torga – Arganil, a exposição “Navegações do século XXI ao século XVI – Camões revisitado”. Até dia 30 de junho, pode ainda visitar, na Biblioteca Municipal de Arganil, a exposição “José Afonso – Geografias de uma Vida”.
Dia 11 de junho recebemos na Biblioteca Municipal a escritora Vanessa Ratton, uma das vencedoras do prémio Jabuti 2023 e o jornalista Carlos Ratton, que conversaram com os alunos do 3º ano da Escola Básica de Arganil, dando destaque à cultura dos povos indígenas do Brasil e a causa ambiental, nomeadamente a preservação da floresta amazónica, considerada, por muitos, como “pulmão do planeta”.
O auge do programa do festival em Arganil foi no dia 15 e 16 de junho. Dia 15, com a Hora do conto contado e cantado, onde o destaque foi para o livro “Nocas Larocas”, uma narrativa baseada em factos reais que relata a história de uma menina com atraso no desenvolvimento e que nos faz refletir sobre a esperança, o sonho e o amor. Uma manhã diferente e divertida na companhia de Ana Maria Costa e Jorge Pinto.
Dia 16 teve lugar, no auditório da Biblioteca Municipal, um painel que teve como mote uma quadra de Zeca Afonso e contou com a intervenção de Guadalupe Portelinha, Mário Tomé e Vanessa Ratton, três pessoas ecléticas, com experiências diversas que proporcionaram um pertinente debate sobre o futuro do planeta terra e o papel das crianças na sua salvaguarda.
O programa culminou com a atuação de Ju Cassou, que presenteou o público com um belo espetáculo musical, interpretando canções dos seus mais recentes álbuns com uma voz original e melódica, dando visibilidade à cultura indígena brasileira.
O Festival passou por 8 concelhos da Região Centro e mais uma vez quis evidenciar a força da arte e da cultura como impulso vitalizante e animador de uma região e de um povo.