Arganil em 1910
Vila Cova do Alva
Subsídios para a História de Vila Cova
Texto do ponto 1.3 da Candidatura às Aldeias de Xisto apresentado pela Câmara Municipal de Arganil
![]() vista de Vila Cova – inicio do século XX |
1 – Origens Pouco se sabe das origens de Vila Cova do Alva. No entanto, no documento de doação do castelo de Coja e suas terras, ao bispo de Coimbra, por D. Teresa, em 1121, é fixado legalmente o termo de Coja que, aliás, já era antigo. Este termo confrontava com Avô pela vertente de Anseriz até ao Alva e aqui seguia ao cabeço do Cazoirado seguindo por entre Ázere e Tábua até ao Mondego. Ora encontramos este nome Cazoirado referindo-se ao lugar onde se encontra hoje a capela de S. João de Alqueidão. Traçando no mapa uma linha que siga o termo de Coja encontramos obrigatoriamente este local. O nome Vila Cova efectivamente não aparece referenciada nos documentos mais antigos sobre Coja ou Arganil. Este facto leva-nos a pensar que a povoação não existiria, sendo apenas um ponto de passagem e de vigilância militar. |
![]() Capela de São João de Alqueidão |
1.1 – Casoirado e Alqueidão Em Portugal muitas aldeias e montes, nascidos dos Castros, perduraram, nestas e nestes, por muitos anos e o respectivo nome foi-se alterando. Ao longo dos séculos a ocupação destes lugares pelos romanos, visigodos, árabes, cristãos foi-se alternando e os nomes também foram sofrendo as alterações a que a cultura dos povos ocupantes obrigava. Os redutos referidos em alguns documentos como atalajas, seriam pontos de vigia que em tempos conturbados pela guerra serviriam de aviso à aproximação do inimigo. Alqueidão, que significa em árabe passos ou passadas, deve ter sido uma destas atalajas. Situado entre os castelos de Côja e Avô, mandados construir em tempos da reconquista do território aos mouros, nesta zona de avanços e recuos durante séculos, cujo território seria ocupado ora por cristãos, ora por muçulmanos, parece normal que este local tenha desempenhado algum papel importante em tempos de guerra, não como povoamento mas como ponto de passagem e de apoio a estratégias militares. A existência de uma ponte que atravessa o Alva precisamente na actual Vila Cova faz imaginar a existência de outra mais antiga, como refere Carlos Ydalgo Gomes de Loureiro em documento que ofereceu a seu primo Bernardo de Abranches Freire de Figueiredo e onde escreve: “Embora não se saiba a data da fundação da referida ponte deve-se ter em conta a informação de que quando procediam à sua demolição, em 1790 foi ali encontrada uma ARA romana com inscrições. Esta ARA foi levada para a casa da Câmara. Este facto vem provar que Vila Cova é uma terra antiga, não como povoado, mas como ponto de passagem de muita importância”. |
Ora percorrendo a estrada que passa a ponte, verificamos que ela se encaminha directamente para a actual capela de S. João de Alqueidão, situada em local que, como vimos, há a possibilidade de ter constituído um ponto de vigilância em tempos de guerra. Por outro lado é óbvio constatar a importância desta ponte que atravessa o Alva e faz a ligação para zonas mais interiores, nomeadamente o Piódão. Isto leva a crer que logo após a reconquista cristã e criada a paz no reino, Vila Cova se desenvolveu, possivelmente com pessoas que se foram fixando e que, mercê dos esforços na guerra, receberam benefícios reais ou do clero, dando origem a um povoado que depois se estendeu para junto do rio. Outro aspecto muito importante é a proximidade da estrada real de Coimbra à Guarda que passava a cerca de 7 Km e que seria um bom eixo de desenvolvimento para Vila Cova. |
|
![]() Capela de São João de Alqueidão |
1.2 – A capela de S. João de Alqueidão A capela de S. João de Alqueidão situa-se num monte sobranceiro a Vila Cova distando menos de um quilómetro. Desse local avista-se um largo panorama desde as serras do Buçaco, Caramulo e Estrela. Consultando o livro dos Assentos de Baptismo de Vila Cova referentes ao período entre 1530-1633, a seguir ao termo de encerramento do mesmo, encontra-se a seguinte nota: “Em o derradeiro dia de Maio da era de 1633, eu prior Manuel Nunes disse a primeira missa em a capela de Sam João Bautista que mandei fazer.” Em 1721 a Academia Real da História, recentemente fundada sob a égide de D. João V, pretendendo reunir todos os elementos possíveis sobre cada povoação do Reino, solicita a todos os párocos, que lhe fossem enviados os dados mais relevantes sobre cada paróquia. O prior Ferreira dos Santos padre de Vila Cova, respondeu e referindo-se às hermidas do povo, cita em primeiro lugar a hermida de S. João de Alqueidão “que hê fama vulgar, foi antigamente igreja matris.” |
1.3 – Antecedentes da actual capela Segundo a tradição oral teria existido em tempos remotos, neste local, a Igreja matriz da povoação sob os desígnios de “S. João de Anseriz”, S. João do Cozoirado” (vulgo Mata) e ainda “S.João de Alqueidão”. Em 1986, o Padre Januário Lourenço dos Santos orientou um programa de escavações com jovens do OTL, tendo posto a descoberto o corpo principal da Igreja que se supõe ser de uma só nave. Mais tarde, o Serviço Regional de Arquelogia do Centro, com subsídio da Câmara Municipal de Arganil, prosseguiu em 1989 as explorações arqueológicas. Como disse a Dra. Teresa Pinto Mendes no discurso de inauguração do novo edifício da Junta de Freguesia de Vila Cova, em 1993, estas últimas parecem confirmar que para além da Igreja teria havido naquele local um povoado importante. Segundo Carlos Gabriel Gonçalves, o antigo templo “Era constituído por uma nave, capela-mor e provavelmente nartex ou recinto que antecedia a entrada principal, destinada aos catecumas e penitentes. Quanto à nave da antiga igreja seria, tudo leva a crer, bastante ampla. A actual capela foi construída nesta última parte. A entrada para a actual capela é formada por um arco românico com pilastras e capitéis. Da capela-mor resta a base de uma pilastra em granito que ainda não foi removida do local primitivo. A primitiva igreja fora construída com materiais pobres, pensa-se que terá sido utilizado uma qualidade de xisto pouco duro que existe perto do local, assente em argamassa, mas com terra o que levou à sua rápida degradação. O pavimento era de lousa de xisto que ainda existe, bem como restos de paredes. Com as escavações ficaram a descoberto as paredes da antiga igreja e os referidos contrafortes. Encontravam-se várias pedras de granito, como uma base de pilastras jónicas, pedras de uma pilastra, algumas cabeceiras e sepulturas visigóticas e fragmentos de cerâmica. Todo o recinto à volta da igreja era cemitério. Fizeram-se várias sondagens e a uma determinada profundidade encontraram-se sepulturas antropomórficas. Os cadáveres eram cobertos com lajes. Nalgumas sepulturas ainda se puderam observar ver vestígios de ossos. Na terra que cobria as sepulturas encontraram-se pedaços de cerâmica variada o que mostra que foram removidas várias vezes. A existência dos vestígios descritos leva a crer num desenvolvimento populacional de uma certa importância. |
|
![]() imagem retirada de Miradouro do Alva |
1.4 – Forais A primeira fonte segura que refere Vila Cova é o documento que indica a atribuição de foral dado pelo Bispo de Coimbra, D. Estêvão Anes Brochado, entre os anos 1302 e 1314. Este foral é confirmado por Dom João Galvão Bispo de Coimbra a 14 de Janeiro de 1471 e confirmada de novo por Dom Manuel I, em 22 de Setembro de 1514. Em 1527, no cadastro da População ordenado por D. João III, Vila Cova possuía 89 fogos. Em 1708, segundo se lê na Chorographia Portugueza, Vila Cova era vila e concelho da Comarca de Viseu, provedoria da Guarda e priorado com 250 fogos, pertencente à diocese de Coimbra, cujos bispos eram donatários deste concelho, por ser parte integrante do condado de Arganil. Vila Cova foi sede de Concelho, com priorado, sendo donatários os bispos de Coimbra e condes de Arganil, já que Vila Cova pertencia a este Condado. Tinha 1 juiz ordinário, 2 vereadores, 1 procurador do concelho, 1 escrivão da Câmara, 3 do judicial, notas e órfãos e uma companhia de ordenanças. O concelho foi extinto em 1836. |
![]() in, Forais Manuelinos – Beira, direção de Luis Fernando Carvalho Dias |
|
![]() Convento de Santo António no inicio do Século XX ![]() Pormenor do convento – claustro |
2 – Vila Cova sob o aspecto religioso
2.1 – O Convento de Santo António |
![]() |
2.2 – As Irmandades Segundo os documentos disponíveis, o período em que a vida religiosa de Vila Cova atingiu maior esplendor vai do século XV ao século XVIII. A informação do Prior Ferreira dos Santos de 1721 refere que naquela data havia em toda a freguesia 9 Ermidas e que “pelo rol de confessados da Quaresma deste presente anno, tem esta freguesia cento e noventa e seis fogos e seiscentos e setenta e seis pessoas de sacramento entre maiores e menores.” Os paramentos e alfaias religiosas existentes, provam que todo o século XVII foi de grande esplendor na vida religiosa em Vila Cova. Na primeira metade do século XVIII havia em Vila Cova quatro Irmandades. |
2.2.1 – Irmandade do Santíssimo Segundo um documento que pensamos ser da autoria do padre Januário Lourenço dos Santos, existiria ainda no arquivo da Paróquia de Vila Cova um exemplar dos Estatutos da Irmandade do Santíssimo mandado imprimir pelo então bispo de Coimbra D. Jorge de Almeida eleito em 1481, onde se pode ler: “Sumário das Graças e indulgências e faculdades concedidas pelo Santo Padre o Papa Paulo Terceiro à confraria do Santíssimo Sacramento para todo o bispado de Coimbra” (ortografia actualizada). No final deste sumário diz que “Ho presente sumário foy impresso em Coymbra por mandado do Senhor Dom Jorge Dalmeyda, bispo do dito Bispado…”. Podemos, pois, concluir que no sec. XV existia nesta freguesia uma Irmandade do Santíssimo regida pela disposição do Papa Paulo III. Na introdução ao referido “Sumário – Estatutos, diz-se: “O nosso muy santo padre ho papa Paulo Terceyro consirando a presença de Deos todo poderoso que está ante nos em ho Santíssimo Sacramento: pêra provocar que ho tenha em muyta reverência os fieis Christãos: quando se leva aos enfermos vaa muyto acôpanhado e reverenciado como a tam alto sacramento se requere ordenou esta Sacta Confraria e Irmandade ….” |
|
![]() Festividades Religiosas ![]() |
2.2.2 – Irmandade de S. Sebastião No final do sec. XVI havia em Vila Cova grande devoção ao Mártir São Sebastião, bem como aos santos Martins Abdor e Seneu, vitimas das perseguições do imperador de Roma Déciono no século III. Em 1598, o Papa Clemente VIII, por uma bula instituiu a Irmandade de São Sebastião à qual concede muitas graças e privilégios. Esta Irmandade foi muito florescente. Em 1614, nova bula do papa Paulo V concede novas graças e privilégios passando a Irmandade S. Sebastião a designar-se por Irmandade de S: Sebastião e Santos Mártires Abdon e Seneu. A grande devoção aos santos Mártires Abdon e Seneu consta, segundo informação existente nos arquivos da Biblioteca Municipal Miguel Torga, de documentos autênticos arquivados na paróquia de Vila Cova. Segundo as fontes, o Desembargador do Arcebispo D. Jorge de Almeida, Doutor Francisco de Campos, natural de Vila Cova, falecido em 1608, deixa, no seu testamento a Vila Cova umas relíquias dos referidos mártires e de outros santos: – “Eu tenho hu cofre de veludo carmesim de ferragem dourada que esta a minha cabiseira em q estam Relíquias dos bemabenturados Mártires Abdon e Senen com outras de outros Santos com seus litreiros, as quais Relíquias, deixo a Vila Cova minha Patrea no bispado de Coimbra por especial devasam que tem aos ditos Santos e com ellas lhe deixo cem cruzados pera se lhe fazer hu sacrário pera elas e se festejar seu recebimento …” Como houvera as referidas relíquias o Dr. Francisco de Campos? Isso consta do processo de autenticação daquelas relíquias a que se procedeu por ordem do então Bispo de Coimbra Dom Afonso de Castelo Branco. Depuseram algumas testemunhas e segundo o depoimento de uma delas, um certo Ynácio de Campos que disse ser primo do irmão do referido Doutor Francisco de Campos e declarou mais que “ellas (as referidas relíquias) foram do arcebispo Dom Jorge Dalmeida e que ficaram por morte do dito Arcebispo a huma Donna Anna sua irmã e ella as dera ao dito doctor por ser seu confessor e lhe disse algumas vezes missa na sua capella e assi por lhe dizer q as não podia ter tam veneradas como devia e outro sopor si por o dito doctor Francisco de Campos ser Desembargador do Arcebispo…”. João Nunes morador em Vila Cova , na sua qualidade de procurador da câmara foi quem se encarregou de transportar e de entregar as relíquias a Vila Cova. Depois do Inquérito a que aludimos, o Bispo de Coimbra declarou autenticas as referidas relíquias por um documento de Dom Afonso de Castelo Branco, conde de Arganil. |
2.2.3 – Irmandade das Almas Segundo a informação que consta no documento da Reforma dos Estatutos da Irmandade da Misericórdia, a Irmandade das Almas foi instituída na Igreja Matriz de Vila Cova a 4 de Março de 1723 e” foi dotada pelo Desembargador Luiz da Costa Faria por escritura feita em dezanove de Março do dito ano de 1723 com a quantia de quatro mil cruzados para serem postos a juro e além disto doto-a mais com um legado de 40 000 reis anuais, imposto em um vinculo que instituiu nos bens que tinha em Alvarelhos d’Oliveira do Conde ….” 2.2.4 – Irmandade da Misericórdia. |
|
![]() Igreja Matriz
|
3 – Monumentos 3.1- Religiosos 3.1.1 – Igreja Paroquial / Igreja matriz 3.1.3 – A Igreja do convento |
![]() Solar dos Condes da Guarda
|
3.2 – Civis 3.2.1 – Solar dos condes da Guarda Propriedade dos pais de Dom Gaspar Afonso da Costa Brandão bispo do Funchal. Em meados do século XX passou por compra para a posse de Sr. Adelino de Almeida Teixeira que o demoliu e construíu o edifício actual. Mantém a fachada da capela do solar, na qual sobressai o brasão de armas com a data de 1629. 3.2.2 – Edifício dos Osórios Cabrais, no largo do Pelourinho. 3.2.3 – Solar Abreu Mesquita 3.2.4 – A escadaria que conduz à igreja do Convento 3.2.5 – Pelourinho 3.2.6 – Rua quinhentista |
4 – Os estragos causados pela terceira Invasão Francesa
O prior Manuel Lopes Garcia deixou-nos uma relação dos roubos, incêndios, mortes e atrocidades que os franceses fizeram na freguesia de Vila Cova, então designada de Sub-avô. |
|
5 – Personalidades
Desde tempos remotos que Vila Cova viu nascer personalidades da mais alta condição. Tanto no poder político, como na Igreja as ligações foram ao mais alto nível o que de certa forma justifica o nível social que a aldeia indicia principalmente desde o século XV. |
|
![]() |
6 – O rio, a agricultura e a floresta
Analisando o percurso do rio verificamos que ele descreve uma grande curva na zona de Vila Cova. Este serpentear do rio cria como que uma península onde o rio e o vale que o acompanha cria um enorme espaço de terrenos adjacentes às suas margens e que, segundo testemunhos, seriam terrenos muito férteis, o que é natural dado a morfologia do território envolvente, o que faria dos vila-condenses produtores de uma rica agricultura, que certamente produziria excedentes para trocas ou vendas nas povoações vizinhas ou mais longe aproveitando o rio que desagua no Mondego como meio de transporte |
![]() ![]() ![]() |
7 – Vila Cova nos dias de Hoje
Vila Cova foi denominada durante algum tempo como Vila Cova de Sub-avô. Após a desanexação da povoação de Barril do Alva, decorrente da lei nº 1:639 de 25 de Julho de 1924 que deu origem à freguesia de Barril do Alva o nome ficou definitivamente Vila Cova do Alva. |
Bibliografia consultada
– GONÇALVES, Carlos Gabriel – Elementos para a história de Vila Cova do Alva. Arganil, Gráfica Moderna: 1936
– DINIS, António – Coja – I. [S.l. : s.n.], D.L. 1983. 122 p.
– ALMEIDA, Fortunato de – História da Igreja em Portugal. Nova ed.. Porto : Portucalense Editora, 1971. 4 vol.
– ANACLETO, Regina – Vila cova do alva: fragmentos do seu passado. In: Arganilia, 3ª série, nº 23 (2009)
– Estatutos da Irmandade da Misericórdia de Vila Cova de SUB-AVÔ- Coimbra: Minerva, 1890
– LEAL, Pinho – Portugal Antigo e Moderno. Lisboa : Cota D’Armas, D.L.1990.
– COSTA, António Carvalho da – Corografia portugueza e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal… – Lisboa : na Off. de Valentim da Costa Deslandes, 1706-1712.
– Santos, Januário Lourenço – Vários documentos policopiados
– GONCALVES, António Nogueira, padre – Inventário artístico do Distrito de Coimbra : Concelhos e freguesias. [Lisboa : Academia Nacional de Belas Artes, 1952]. 21
– Loureiro, Carlos Gomes – Vila Cova de SUB-AVÔ. 1943. Documento
policopiado.
Mendes, Teresa Pinto. Documento policopiado do seu discurso na inauguração do novo edifício da Junta de Freguesia de Vila Cova em 1992.
– MATOSO, António G. – Ligeiras notas para a história do concelho de Arganil. Arganil : [s.n.], 1960. 28 p.
EBOOK COM OS FORAIS DE ARGANIL
![]() Clique sobre a capa |
Entre 2013 e 2014 comemorou-se no Concelho de Arganil o quinto centenário da outorga dos forais concedidos por D. Manuel, no contexto de centralização do poder real, a Pombeiro da Beira (10 de novembro de 1513), Sanguinheda (02 de novembro de 1513), Arganil (08 de junho de 1514) e Coja (12 de setembro de 1514).
Esta publicação, que contém os quatro forais dados por D. Manuel I a concelhos, que hoje integram o moderno Concelho de Arganil, insere-se nesse espírito de preservação e divulgação dos Forais Manuelinos a partir de um documento que a Torre do Tombo disponibiliza em: http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4223238, com partes de documentos que são propriedade da Autarquia. |
Roteiro Arquitectónico e Artístico do Concelho de Arganil