Trinta anos depois, recordamos Miguel Torga numa homenagem simples e singela
Passados 30 anos sobre a sua morte, voltámos a recordar Miguel Torga e o seu legado através da exposição “Miguel Torga: Orfeu rebelde”, organizada por ocasião da atribuição do seu nome à biblioteca.
A exposição “Miguel Torga: Orfeu rebelde”, composta por 18 cartazes, está dividida em quatro partes. A primeira parte, “A Idade do Ouro”, retrata os primeiros treze anos de vida de Miguel Torga. A segunda parte, “A Idade da Prata”, continua a dar conta da infância “feliz” em São Martinho da Anta, focando a viagem que efetuou ao Brasil, onde permaneceu alguns anos, e a sua permanência em Coimbra, onde estudou medicina. A terceira parte, “A Idade do Bronze”, fala sobre o início da sua carreira enquanto médico. A quarta e última parte, “A Idade do Ferro”, dá a conhecer a sua obra e muitas das viagens que realizou pela Europa, focando o escritor até à sua morte, sem esquecer a sua passagem por Arganil.
Miguel Torga deixou como legado uma vasta obra, traduzida em diversas línguas, que inclui poesia, prosa, teatro e o mais extenso diário de um escritor português. Obra que levou Portugal, e também a região da Beira Serra, aos quatro cantos do mundo.
Na sessão evocativa foram lidos vários poemas do autor por amigos da biblioteca: “Biografia” por Lino Borges, “Sísifo” por Rui Cruz, “História Antiga” por Inês Araújo e “Parque Infantil” por Henrique Coimbra.
Paula Dinis, vereadora da Cultura, anunciou durante o evento que o Município de Arganil, com base nas referências de Torga às terras do nosso concelho, irá desenvolver ainda este ano o Roteiro Torguiano no concelho de Arganil, perpetuando assim o legado deste escritor que, como nenhum outro, se identificou tanto com a Serra do Açor e a região de Arganil.
A exposição “Miguel Torga: Orfeu rebelde” estará patente na Biblioteca Municipal de Arganil até 5 de fevereiro.