Uma Aventura na Mata da Margaraça
A propósito da colecção UMA AVENTURA de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, a Editorial Caminho promoveu o concurso Uma aventura… literária 2013, que convidava os jovens a participar com um texto original.
A Joana Moreira e a Patrícia Gaspar do 6º B da Escola Prof. Mendes Ferrão em Coja concorreram com o texto “Uma aventura na Mata da Margaraça” e foram contempladas com duas menções honrosas.
Os nossos parabéns às jovens escritoras e também às suas professoras.
Numa manhã de quinta – feira, a Joana, a Patrícia e os colegas de turma estavam na sala de aula, quando a diretora de turma anunciou que, na semana seguinte, eram as férias de Carnaval.Todos ficaram radiantes, especialmente as nossas amigas que esperavam viver mais uma grande aventura. Nesse dia, mais ninguém prestou atenção às aulas.
No último dia de aulas, a professora de Educação Física decidiu levar os alunos até à Mata da Margaraça, para realizarem uma corrida ao ar livre. Os alunos, mal souberam desta novidade, dirigiram-se aos balneários para se equiparem. Quando lá chegaram, fizeram o aquecimento para não se lesionarem. Pois, a tarefa era árdua, tinham de atravessar toda a mata para alcançar a meta, onde se encontravam dois grandes pinheiros já centenários. A professora já estaria ali à espera do par vencedor.
-Meninos, o primeiro par a chegar à meta ganhará um prémio. -declarou a professora.
As nossas duas amigas, em coro, suplicaram à professora para ficarem juntas, como já era habitual.
Entretanto, começou a corrida.
A meio do percurso, a Joana e a Patrícia caíram e repararam numa coisa muito estranha. Entre os arbustos, estava escondido um saco cheio de dinheiro. Lembraram-se logo da notícia, que tinham ouvido na véspera sobre um assalto a um banco de Tábua.
Resolveram continuar caminho e guardar segredo. Pois, no dia seguinte, regressariam ao local. E sem mais demoras, puseram-se a correr, chegando, finalmente à meta, mas muito depois dos primeiros classificados.
No dia seguinte, insistiram para que os pais as deixassem sair de casa. Caminharam, caminharam e caminharam até finalmente chegarem ao destino.
Contudo, quando lá chegaram, ouviram vozes e decidiram esconder-se. Eram dois homens de meia-idade, muito altos, incrivelmente robustos e … ARMADOS! As duas amigas entraram em pânico, mas não gritaram para não serem descobertas.
– Patrícia, trouxeste o teu telemóvel? – Perguntou a Joana muito aflita- Temos de avisar alguém!
-Trouxe, mas temos de ter calma, é preferível avisar as autoridades amanhã – respondeu a Patrícia – Vamos tentar tirar-lhes fotografias, pode ser útil.
Quando a Patrícia se preparava para tirar fotografias com o telemóvel, este começou a tocar. Era uma chamada dos pais que não sabiam onde ela estava.
Muito aflita, desligou o telemóvel, mas já era demasiado tarde: os ladrões já sabiam que estava ali alguém a observá-los.
Foi, então, que a Joana, astuta como era sempre, resolveu escapulir-se sozinha do esconderijo a fim de os despistar. Pois, desta forma, a Patrícia, que continuava escondida, poderia avisar as autoridades. Pegou no seu telemóvel e relatou o sucedido, informando o comandante da GNR do local onde se encontravam.
Entretanto, Joana estava em maus lençóis, pois os ladrões corriam muito depressa e estavam quase a alcançá-la. Foi quando se lembrou que ali perto havia uma gruta onde se pudesse esconder.
Algum tempo depois, os agentes chegaram ao local onde se encontrava a Patrícia que lhes indicou o caminho a percorrer, lembrando-se de que havia uma gruta ali perto, onde brincavam quando eram crianças. Patrícia, que era uma menina destemida, fez questão de acompanhar os agentes, pois a sua amiga corria grande perigo.
Já perto da gruta, os guardas e a Patrícia ouviram os gritos dos ladrões que, esbaforidos e furiosos, vasculhavam a mata em vão. Começaram, então, a correr em direção aos gritos, e, quando avistaram os nossos malfeitores, iniciou-se um terrível tiroteio.
Joana, apercebendo-se de que a polícia já estava a cercar os ladrões e vendo a ao longe a sua amiga, saiu da gruta para ajudar, atirando grandes pedregulhos às cabeças dos bandidos que ficaram atordoados, facilitando assim a tarefa dos polícias.
Rapidamente, aqueles foram apanhados e levados para a esquadra, assim como as nossas duas heroínas, que tiveram de prestar declarações.
Soube-se mais tarde que os dois homens eram suspeitos de dois outros roubos muito violentos. Foram julgados e condenados a dez anos de prisão.
Uma vez mais, os pais e os amigos ficaram orgulhosos desta dupla por ter tido muita coragem e ter desvendado mais um mistério daquela dimensão!