POEMAS AO ACASO de Lino Salgueiro
“(…) O Salgueiro tem assim uma poesia, não apenas na forma como namora o rio, mas também no lugar que ocupa nesta pintura de uma certa ruralidade que nos recorda tempos já passados.
Então, que melhor sobrenome Lino poderia escolher para assinar os seus poemas?
Lino, escolhe as palavras com a sensibilidade e a ondulação do Salgueiro que ladeia as margens do rio, sem vozes bruscas ou entediantes, apenas com a suavidade com que as águas namoram tão portentosa árvore.
E se Lino abrevia o nome de Avelino, já o Salgueiro dá-lhe as raízes no povo para quem escreve, mesmo que este, não entenda no imediato o alcance das palavras, apesar de saber que estas lhe namoram o ouvido e a mente.
Assim, para quem desfolhar este Livro, intitulado, “Poemas ao Acaso”, encontrará nele a ligação ao mais genuíno das nossas gentes, onde as coisas mais simples têm um encanto único que brota de forma sincera e simples com que Lino Salgueiro escreve. (…)
Excerto do prefácio pelo prof. José Dias Coimbra