Yvone Ydrogo apresentou Rui Cruz, revelando ao público algumas curiosidades sobre a vida do autor que contribuíram para a definição do seu percurso de vida. Frisou que bastou a Rui Cruz nascer “para tudo se complicar” e destacou a sua “ousadia de apresentar se como escritor”.
Seguiram-se as palavras de Luís Novais que descreveu a origem etimológica da palavra utopia, exemplificando com grandes nomes da história da literatura, tais como Thomas Moore e Jonathan Swift e ainda estabelecendo um paralelismo com autores portugueses que abordaram as causas humanistas, António Lobo Antunes, José Saramago, entre outros. Luís Novais enalteceu o livro “Utopia Mirandum”, frisando que através do mesmo, o autor tenta “destruir narrativas vigentes, numa época de crise”, propondo ao leitor uma nova narrativa.
Tomou de seguida a palavra Rui Cruz que revelou que escreve porque é de uma “terra onde as pessoas têm humor, não se levam demasiado a sério”, sendo a escrita como que uma terapia pessoal. Explicou ter escrito este livro “idiota” porque mesmo “os livros idiotas dizem verdades”, tendo o tema da narrativa – a invenção de um novo país, com leis claras e sem prisões – surgido das suas inquietações pessoais.
Finalizou revelando que em breve publicará mais um livro, este centrado em vivências reais dos arganilenses, tendo com humor relatado algumas das histórias que o compõem.