COMEMORAÇÕES DOS FORAIS DE CÔJA

No âmbito das comemorações dos 500 anos dos Forais de Arganil e Coja, decorreu na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho em Coja uma palestra proferida pela Dra. Maria Manuela Saraiva Rodrigues subordinada ao tema “Forais de Coja entre os anos de 1260 e 1514”.

Perante uma numerosa e atenta assistência a Dra. Manuela Saraiva falou dos Forais de Coja começando pelo Foral de 1260 atribuído a Côja pelo Bispo D. Egas Fafes. Referiu a importância de que se revestiu este primeiro foral para a organização e repovoamento de Coja, enquadrando este acontecimento numa perspetiva mais alargada do contexto histórico que se vivia na altura, num cenário de conquista do território que hoje é Portugal, aos mouros. Enumerou as muitas disposições que o foral consagra nas obrigações que o povo tinha para com o seu senhorio, o Bispo de Coimbra, mas também os benefícios que a atribuição do foral trouxe aos habitantes de Côja, protegendo-os das arbitrariedades e dando-lhes regras para a vida comunitária. Comparou depois este primeiro Foral com o dado por D. Manuel em 1514 e concluiu-se que este é muito semelhante ao primeiro, com as atualizações que os três séculos que os separam tornaram inevitáveis.

O Dr. Nuno Mata interveio como moderador inquirindo a palestrante sobre questões interessantes, que abriu um espaço para perguntas da assistência.
A Senhora Vereadora da Cultura, Paula Dinis, que abriu e encerrou a sessão, congratulou-se por mais este evento que veio enriquecer as comemorações dos Forais do concelho de Arganil que a Câmara de Arganil tem organizado desde o início do ano.

No átrio da Biblioteca estava patente uma exposição sobre os vários Forais do Concelho, num percurso até à atualidade. Os visitantes puderam também apreciar uma mostra de livros administrativos dos antigos concelhos e também os autênticos Forais de Côja e Arganil.

No seguimento desta palestra e dando continuidade a um ano de Comemorações de Foral em Coja, teve lugar na Igreja Matriz de Coja, um concerto pelo Orfeon Maestro Alves Coelho, que entre diversificados estilos trouxe até ao público peças de carácter distinto, a capella e com acompanhamento de órgão.