O Dr. Marcelo Mendes Pinto começou por afirmar que “não vou acrescentar muito mais àquilo que os arganilenses sabem sobre a vida e a obra do Visconde de Sanches de Frias. O que hoje vos posso dizer é fruto de um ponto de vista meramente familiar…”, e a seguir leu um excerto de um texto da autoria do seu bisavô, José Maria Alves Caetano, publicado n’A Comarca de Arganil de 27.09.1917.
“Os livros da autoria do Sr. Visconde Sanches de Frias são verdadeiros repositórios de educativa instrução, no conceito e na literatura… mas, se Sanches de Frias tivesse apenas dado à publicidade o seu «Pombeiro da Beira», seria já motivo bastante para apreciar as suas qualidades de patriota e de mestre na investigação literária.”
Prosseguiu recordando outras particularidades sobre Sanches de Frias, nomeadamente a sua figura ereta e pomposa, de bigode e pera e farta cabeleira. Uma figura cuja grandeza e intensidade iam muito além do que caberia à sua hierarquia nobiliárquica.
No decorrer da conversa foram ainda relembrados aspetos sobre a filha do Visconde, Filomena Aline e, de como esta legou em herança a casa de Pombeiro aos primos Álvaro Sanches e Arminda Sanches. Uma casa na qual se destaca o brasão de armas de grande singularidade e que até hoje preserva na sua originalidade a sala de estar do Visconde, a que a filha Aline dava o nome de “museu das suas recordações”.
A Dr.ª Teresa Sanches por sua vez recordou o interesse que a figura do Visconde Sanches de Frias despertou em si desde muito cedo, tendo sido sempre motivo de admiração e grande curiosidade.
A conversa terminou com a intervenção do público e com as palavras de agradecimento da Dr.ª Paula Dinis, que reforçou a importância dos contributos dos palestrantes para enriquecer os registos sobre esta personalidade, tão marcante da cultura arganilense.