O Escritor
Simões Dias terá sido um dos poucos poetas da Beira-Serra cuja obra teve verdadeira repercussão e reconhecimento nacionais. Além disso, conseguiu também ser conhecido entre o povo: poemas como “O TEU LENÇO”, “A TUA ROCA” ou “NOITE DE LUAR”, foram musicados e eram cantados de norte a sul do país.
Se a sua obra poética (a mais reconhecida) oscila entre o registo vincadamente romântico, a composição pastoril/popular e a delicadeza formal parnasiana, a produção ficcional regista – sobretudo no conto – interessantes influências estéticas do Realismo então emergente.
1863: Publica Mundo Interior, colecção lírica.
1864: Sai o poemeto Sol à Sombra.
1867: Segunda edição de Mundo Interior.
1868: Publica Coroa de Amores, livro de contos, cuja 3ª edição viria a ser acrescentada e reintitulada Figuras de Gesso.
1869: Publica em Elvas, onde é professor, o poema cómico A Hóstia de Ouro, em que satiriza figuras locais.
1870: Sai a 1ª edição das Peninsulares, o seu mais conhecido livro de poemas.
1871: Publica Ruínas, poemas mais tarde incluídos em edições posteriores das Peninsulares..
1877: Publica no Porto o romance As Mães, e as Histórias Contemporâneas, mais tarde intituladas Figuras de Cera.
1878: Publica no Porto o romance O Pecado
1898: Publica Figuras de Cera, versão corrigida das suas Histórias contemporâneas (o último conto do livro, “João Ninguém”, é uma autobiografia). Inicia a revisão e reformulação da edição definitiva das Peninsulares, convidando Sanches de Frias a colaborar com uma biografia do autor.